Um pouco de história, regras de classificação, retrospecto brasileiro, jogadores classificados e curiosidades do tênis nas Olimpíadas
Um pouco de história
A primeira aparição do tênis nas Olimpíadas foi em 1896, em Atenas e permanecendo como um esporte olímpico até 1924. Retomou este posto em 1988, nos jogos olímpicos de Seul.
Até os jogos olímpicos de Sydney, em 2000, a competição não gerava pontos para o ranking da ATP, fazendo com que grandes nomes do esporte não participassem.
Quem pode disputar
As regras de classificação no tênis para as Olimpíadas são um pouco confusas, porém, detalhando de forma organizada faz bastante sentido.
Contando com 172 vagas, a Federação Internacional de Tênis se baseia no ranking mundial, fechado dia 06/06/2016, para definir os participantes. Cada país tem o direito de classificar no máximo 12 tenistas, sendo 6 homens e 6 mulheres. Existe também um critério a ser respeitado em relação a estes 6, podendo ter até 4 atletas de simples e 2 equipes de duplas. Um mesmo jogador pode estar inscrito em simples e duplas.
Simples – 64 tenistas no masculino e 64 no feminino
56 melhores colocados do ranking
6 tenistas de acordo com os seguintes critérios, em ordem de prioridade:
Melhor do país sede
Melhor de cada continente que não tiver um representante, tendo obrigatoriamente que estar entre os 300 primeiros do ranking
Até dois campeões olímpicos ou de Grand Slam, desde que estejam entre os 200 primeiros do ranking
Até dois melhores do ranking para países que não tiverem um representante
Duplas – 32 duplas no masculino e 32 no feminino
10 melhores colocados no ranking de duplas e seus respectivos parceiros
14 melhores duplas considerando a soma do ranking, de simples ou duplas, o que tiver maior pontuação.
8 tenistas de acordo com os seguintes critérios, em ordem de prioridade:
Melhor dupla do país sede, caso ele já não tenha uma dupla classificada, e desde que estejam entre os primeiros 500 do ranking quando somados os pontos da dupla
Melhores duplas do ranking que não tiverem um representante
Duplas mistas – 16 duplas
12 melhores duplas do ranking considerando a soma de seus rankings
4 tenistas de acordo com os seguintes critérios, em ordem de prioridade:
Melhor dupla do país sede, caso ele já não tenha uma dupla classificada, e desde que estejam entre os primeiros 500 do ranking quando somados os pontos da dupla
Melhor dupla de cada continente que não tiver um representante, tendo obrigatoriamente que estar entre os 300 primeiros do ranking
Melhores duplas do ranking que não tiverem um representante
História do tênis brasileiro nas Olimpíadas
O Brasil não tem uma boa retrospectiva quando se fala em tênis nas Olimpíadas. Sem nunca ter conquistado uma medalha, o melhor desempenho na competição foi com Fernando Meligeni, em 1996, nas Olimpíadas de Atlanta, quando chegou à semifinal e terminou em quarto lugar.
Um ponto lamentável, porém, extremamente importante a ressaltar, é que Meligeni, com 25 anos e ainda não consolidado profissionalmente/financeiramente, teve que se virar para pagar sua viagem para as Olimpíadas, um triste exemplo do que é o incentivo ao esporte em nosso país, pelo menos quando o esporte não é futebol masculino.
Tenistas brasileiros nas Olimpíadas de 2016
Com a maior delegação da história do país no esporte, o Brasil conta com os seguintes atletas:
Simples masculino
Simples feminino
Teliana Pereira
Duplas masculino
André Sá e Thomaz Bellucci
Duplas feminino
Teliana Pereira/Paula Gonçalves
Duplas mistas
Não definidas até o momento
Vale ressaltar que o Brasil possui grandes chances nas duplas. Bruno Soares e Marcelo Melo são dois dos melhores duplistas do mundo e estão acostumados a jogar juntos. Um ponto interessante quando se analisa a chave é que, caso eles passem da primeira rodada, terão um possível encontro na segunda rodada com Novak Djokovic e seu parceiro Nenad Zimonjic. Jogo duro, mas quando o assunto é duplas, os mineiros arrebentam!